A caderneta de poupança fechou julho com captação líquida de R$ 3,748 bilhões, informou nesta segunda-feira (6) o Banco Central. O valor reflete o montante de recursos que os brasileiros depositaram na caderneta, já descontados os saques no período. Foi o quinto mês consecutivo de captação líquida na poupança e o melhor resultado para julho deste 2014 (R$ 4,029 bilhões).
No mês passado, conforme o BC, os aportes na caderneta somaram R$ 189,8 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 186,052 bilhões. Considerando os rendimentos de R$ 2,846 bilhões em julho, o total de recursos depositados na poupança chega hoje a R$ 755,682 bilhões.
No acumulado do ano até julho, a captação da poupança está positiva em R$ 11,097 bilhões. Isso é resultado de aportes de R$ 1,260 trilhão e retiradas de R$ 1,249 trilhão. O resultado positivo da poupança em 2018 contrasta com o cenário visto em anos anteriores. Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas do dia a dia.
Este ano, a recuperação gradual da atividade e da própria renda, em um ambiente de inflação baixa, favoreceu a captação líquida de recursos pela poupança. Em junho, também começou a liberação de parte dos recursos do PIS-Pasep para pessoas que trabalharam entre 1971 e 1988. A liberação de recursos, em um total de R$ 16 bilhões, vai se estender até 28 de setembro.
Atualmente, a remuneração da caderneta de poupança é formada pela taxa referencial (TR) mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). A Selic, por sua vez, está hoje em 6,50% ao ano. Esta regra de remuneração vale sempre que a taxa básica estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança será atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).
com informações do R7.com