O dólar fechou em alta pela sexta vez consecutiva nesta quarta-feira (22) e atingiu o patamar de R$ 4,05, maior valor desde fevereiro de 2016.
A moeda norte-americana, entretanto, encerrou longe da máxima do dia, devido ao movimento de correção alimentado pelo banco central dos Estados Unidos, que reforçou a indicação que continuará subindo os juros de forma gradual.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 0,46%, a R$ 4,0559 na venda, maior nível desde 16 de fevereiro de 2016 (R$ 4,0705). Foi o sexto pregão de alta seguido, acumulando ganhos de 4,89% no período. O maior patamar de fechamento do dólar foi batido em 21 de janeiro de 2016, quando foi a R$ 4,1655. Na máxima deste pregão, já tocou R$ 4,0917. O dólar futuro subia cerca de 0,1% no final da tarde.
No Brasil, o dólar operou o dia todo na contramão do exterior, onde cedeu ante outras divisas de países emergentes. À tarde, a alta no mercado local começou a suavizar e ganhou mais reforço após a divulgação da ata do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e que reforçou a indicação que continuará subindo os juros de forma gradual.
Até agora, o Fed já elevou a taxa de juros duas vezes neste ano e os agentes econômicos acreditam que outras duas altas ocorrerão neste ano diante da força econômica do país. "Depois da esticada, é natural o dólar se acomodar um pouco", argumentou um operador de câmbio de uma corretora local.
O avanço recente do dólar ante o real já alimentava avaliações sobre eventual atuação maior do Banco Central no mercado de câmbio mas, por ora, a leitura era de que ainda é cedo para esse movimento.
"Acho que ele deve aguardar um pouco, por causa de notícias externas e internas. É uma foto do momento em cima de pesquisa eleitoral", avaliou Indech, da Rico Investimentos.
com informações do R7.com