13 agosto 2018

Itália recusa navio de organizações humanitárias com imigrantes

Itália recusou abrigo para 141 imigrantes
A Itália disse nesta segunda-feira (13) que não dará abrigo para as 141 pessoas resgatadas pelo navio humanitário Aquarius no litoral da Líbia na semana passada, pedindo que o Reino Unido ou outros membros da União Europeia os recebam.

O navio Aquarius, operado pelas instituições de caridade SOS Mediterrâneo e MSF (Médicos Sem Fronteira), recolheu os imigrantes em duas operações separadas e atualmente está em águas internacionais entre a Itália e Malta. O Aquarius passou nove dias no mar em junho depois que o novo governo italiano tomou posse e fechou seus portos a todos os navios humanitários, classificando-os como "serviço de táxi" e os acusando de ajudar traficantes de pessoas. As entidades humanitárias negam as acusações.

"Impeçam os traficantes de pessoas e seus cúmplices, #portosfechados e #coraçõesabertos", acrescentou Salvini, que é de extrema-direita."Ele pode ir para onde quiser, não para a Itália!", disse o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, sobre o Aquarius, no Twitter, mencionando França, Alemanha, Reino Unido ou Malta como destinos.

O ministro dos Transportes, Danilo Toninelli, que supervisiona os portos e a Guarda Costeira, disse que, como o navio tem bandeira de Gibraltar, este deveria se responsabilizar. "A esta altura, o Reino Unido deveria assumir sua responsabilidade pela salvaguarda dos náufragos", disse Toninelli no Twitter.

O Ministério de Relações Exteriores britânico não estava disponível para comentar de imediato. A Comissão Europeia está em contato com vários países da UE e tentando ajudar a resolver o "incidente" com o Aquarius, disse um porta-voz em Bruxelas.

O centro de coordenação de resgates de Malta informou ao Aquarius no sábado que não o receberá, de acordo com o diário de bordo online do navio. O porta-voz do governo maltês não estava disponível para comentar de imediato nesta segunda-feira.

Devido à pressão de Itália e Malta, a maioria dos navios humanitários não está mais patrulhando o litoral da Líbia. Mais de 650 mil imigrantes já chegaram às praias italianas desde 2014.

com informações do R7.com