A secretária de segurança do Rio Grande do Norte, Sheila Freitas, voltou a afirmar que a voz no áudio em que um criminoso pede votos para a senadora Fátima Bezerra (PT), candidata ao governo do Estado, pertence a Marcelo Henrique Silva de Oliveira, mais conhecido como “Colorau”. A mensagem circula nas redes sociais ao longo dos últimos dias.
A titular da pasta de segurança refutou, nesta quinta-feira, 20, em entrevista para a rádio 94 FM, a insinuação feita pela senadora petista de que estaria sendo utilizada politicamente. “O áudio é a voz dele. Ele pede três votos: deputado estadual, deputado federal e para governador. Ele diz, claramente, o nome da senadora Fátima Bezerra”, diz Sheila Freitas, que é delegada de carreira da Polícia Civil.
O uso político da mensagem atribuída a “Colorau” foi criticado por Fátima Bezerra, na última quarta-feira, 19, em debate promovido pela TV Ponta Negra. “Eu repudio este ato do governo Robinson Faria. Ao invés de apresentar propostas, ele vem aqui disseminar mentiras, e, mais do que isso, usa a secretária de segurança para reforçar leviandades. Este assunto está na esfera judicial. Vou continuar com uma proposta limpa e séria”, disse ela.
Ainda de acordo a secretária Sheila Freitas, as críticas feitas por Fátima Bezerra são infundadas. “Ontem, ao assistir ao debate, achei estranho a senadora dizer que fui usada pelo governador Robinson Faria. Eu não preciso ser usada por ninguém. Fiquei ofendida com o que vi. Tenho responsabilidade com o que faço”, rebateu.
A delegada reforça a informação que o polêmico áudio que circula nas redes sociais foi gravado por Marcelo Henrique Silva de Oliveira. Ela diz que reconheceu a voz do criminoso – acusado de tráfico de drogas e assalto. “Eu já o prendi cinco vezes. É um assaltante, violento e sempre armado. Ele não é um preso desconhecido”, reforçou.
Atualmente, o criminoso está detido no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, onde cumpre pena de 77 anos prisão. Antes disso, ele estava custodiado no Presídio Estadual Dr. Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco. O áudio partiu ainda durante a estadia de “Colorau” na carceragem pernambucana.