Reunindo cerca de 60 profissionais de saúde que atuam nas unidades prisionais de todo o Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realizou na terça (12) e quarta-feira (13), no auditório da Unifacex, a Oficina Regional do Projeto “Prisões Livres de Tuberculose”.
O encontro contou com a presença de representantes dos municípios de Nísia Floresta, Parnamirim, Ceará-Mirim, Natal, Macaíba, Nova Cruz, Mossoró, Apodi, Pau dos Ferros e Caraúbas, além de apoiadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que integra o Projeto. O objetivo é construir um planejamento de ações para detectar e tratar precocemente as pessoas privadas de liberdade com tuberculose, através de estratégias de comunicação e educação em saúde.
O “Prisões Livres de Tuberculose” acontece por meio de um termo de cooperação técnica entre o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o Ministério da Segurança Pública, Fiocruz, e a colaboração técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, e secretarias estaduais e municipais de saúde.
De acordo com o Depen, o risco de se contrair tuberculose no sistema prisional é 28 vezes maior do que entre a população geral. Desta forma, o Projeto busca difundir conhecimento sobre a doença entre pessoas privadas de liberdade e familiares, profissionais de saúde e de segurança para que estes atuem ativamente no controle da tuberculose.
“Queremos institucionalizar metas e compromissos, para montar um plano de trabalho, seguindo os três eixos definidos pelo Projeto: comunicação e educação em saúde; organização e gestão de fluxos de assistência à saúde; e oferta de ações em saúde”, explicou Goretti Menezes, responsável técnica pela Saúde Prisional na Sesap.
Goretti informou ainda que está prevista a chegada de um equipamento para realização de teste rápido molecular para tuberculose, além de materiais educativos para serem utilizados nas ações de educação em saúde.