A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apoiou o estado do Rio Grande do Norte no desenvolvimento de uma ferramenta para auxiliar as autoridades de saúde pública na tomada de decisões sobre ajustes de medidas não farmacológicas, como as de distanciamento social.
Uma equipe de especialistas da OPAS esteve no estado na semana passada, trabalhando com técnicos das Secretarias de Saúde e de Tributação do Rio Grande do Norte, no estabelecimento de critérios para monitorar a evolução da doença e tomar decisões sobre as medidas não farmacológicas.
Esses indicadores facilitam a avaliação, por exemplo, sobre a necessidade de endurecer as medidas de distanciamento social – ou apontam se é possível afrouxá-las. Na ferramenta, foi proposta uma matriz, adaptada à realidade potiguar, com recomendações de iniciativas a serem tomadas em cada cenário.
Desde janeiro deste ano, a OPAS tem prestado amplo apoio ao Ministério da Saúde do Brasil na preparação e resposta à COVID-19. Também tem auxiliado – em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) – os estados e municípios brasileiros, conforme suas necessidades específicas.
Uma atividade similar foi desenvolvida no Mato Grosso do Sul, onde o governo estadual e a OPAS trabalharam juntos na elaboração de um plano e critérios para ajuste de medidas não farmacológicas. Atualmente, a equipe da OPAS está desenvolvendo outras atividades para fortalecimento da resposta no estado, dando continuidade ao processo de apoio.
O organismo internacional, em apoio às ações do Ministério da Saúde do Brasil, também tem ajudado a fortalecer a
capacidade de vigilância no município de Manaus e no estado do Amazonas – inclusive com treinamentos e a contratação de profissionais de saúde.
No estado do Pará, o organismo internacional contribuiu com a criação de uma Sala de Inteligência da Gestão, incluindo um painel de monitoramento da COVID-19 no estado. Essas missões da OPAS aos estados e municípios foram feitas com recursos doados pelo governo do Japão.
Dados
Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, o país notificou 1.603.055 casos e 64.867 óbitos até o dia 5 de julho – sendo 34.645 casos e 1.213 mortes no Rio Grande do Norte.