Marwan Abbud, governador de Beirute, afirmou, nesta quarta-feira (05), que metade da cidade está “destruída” e estima que os danos patrimoniais podem chegar a até cinco bilhões de dólares.
"Quase metade de Beirute está destruída ou danificada", lamentou Abbud. De acordo com a Cruz Vermelha, mais de 100 pessoas morreram e mais de 4 mil estão feridas depois da grande explosão na região portuária da capital libanesa. Equipes ainda realizam buscas por possíveis sobreviventes em meio aos escombros.
Autoridades do país estimam que até 300 mil pessoas estão desabrigadas ou com suas casas danificadas ao extremo. Os danos de quase 50% de destruição na capital custarão caro ao governo libanês.
"Dei uma volta por Beirute. Os danos podem chegar a entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões", disse o governador, acrescentando que ainda aguarda uma avaliação de especialistas e engenheiros.
As explosões, possivelmente causadas por uma alta quantidade de nitrato de amônio mal armazenada, foi tão poderosa que sensores sísmicos registraram as vibrações como um terremoto de 3,3 na escala Richter.
Há relatos de pessoas que sentiram os efeitos das explosões até na ilha do Chipre, mais de 200 quilômetros distante da capital libanesa.
2.700 toneladas de nitrato de amônia
Autoridades políticas do Líbano apresentaram, na tarde desta quinta-feira (4), possíveis versões preliminares das causas da enorme explosão ocorrida na região portuária de Beirute, capital do país.
A primeira versão foi dada pelo major-general Abbas Ibrahim, diretor-geral da Inteligência Libanesa, que afirmou que a explosão poderia ter sido causada por nitrato de amônia. O material químico teria sido confiscado de um navio há mais de um ano e foi armazenado em um local no porto.
“Foram 2.700 toneladas de nitrato de amônio que explodiram", disse ele. As declarações foram feitas ao canal “LBCI News”.
A explosão, ainda segundo a LBCI News, teria sido provocada por faíscas durante um processo de soldagem na tentativa de reforçar a segurança para evitar que o material fosse roubado.
Já o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, afirmou que a explosão pode ter ocorrido devido a um carregamento de nitrato de amônio, estimado em 2.750 toneladas, que estava estocado no local há cerca de 6 anos.
com informações de yahoonotícias