Lucchesi destacou que a cobertura vacinal em todo o país e no Rio Grande do Norte tem caído ao longo dos anos e que com a Covid-19 os riscos da baixa cobertura vacinal estão cada vez mais presentes. Com foco na atualização da caderneta vacinal de crianças e adolescentes e de crianças contra a poliomielite foi iniciada hoje uma campanha de nacional contra pólio e de multivacinação.
“É extremamente necessário que a população se conscientize que existem várias outras doenças que podem causar danos severos à saúde e atentar que nós estamos tendo uma queda na cobertura vacinal. Por isso é preciso reforçar que essa medida protetiva de vacinação é a mais efetiva para corte de transmissão ou para o não adoecimento”, ressaltou a subcoordenadora.
Ela ressaltou ainda que nenhum município no RN apresenta, até o momento, cobertura satisfatória no ano de 2020 para todas as vacinas. “É por isso que é necessário fazer acontecer a campanha e adotar essa estratégia para combater os outros agravos que circulam no cenário nacional e internacional há muitos anos”, complementou.
No Rio Grande do Norte, a campanha é coordenada pelo Programa Estadual de Imunizações da Sesap que tem orientado municípios a respeito de medidas que devem ser adotadas para evitar, nesse processo, o risco de contágio do Sars-Cov-2. Entre as ações estão: apenas um único responsável deve acompanhar a criança ou adolescente, o uso da máscara, o distanciamento entre as pessoas nas filas, realização da vacinação em ambientes ventilados e devem ser disponibilizados espaços para higienização das mãos com água e sabão, além do uso de álcool.
DADOS
O RN, segundo os dados epidemiológicos apurados pela Sesap, chegou aos 70.789 casos confirmados. Outras 38.358 pessoas seguem como suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus, enquanto 149.490 foram descartados. A Covid-19 vitimou 2.402 pessoas e não houve registro, até o momento, de óbito nas últimas 24h. E mais 317 óbitos estão em investigação.
“É importante destacar que a Sesap vem observando, nas últimas três semanas epidemiológicas, um discreto aumento na confirmação diária de casos. Temos uma estabilidade nessas semanas, mas com um valor confirmado por dia um pouco superior ao que tínhamos em momentos anteriores”, informou Alessandra Lucchesi.
A ocupação média registrada nas UTIs da rede pública do RN era de 36%, sendo: 60% no Alto Oeste; 45% no Seridó; 48% no Oeste/Vale do Açu; 29% na Região Metropolitana; 100% no Mato Grande; e 9% no Potengi/Trairi. A região do Agreste segue com todos os leitos vagos. Em relação à taxa de transmissibilidade, ela está distribuída da seguinte maneira no estado: Mato Grande (0,90), Seridó (0,97), Trairi Potengi (0,82), Oeste (0,85), e RM (1,01), Agreste (0,76), Alto Oeste (0,99) e Vale do Açu (0,78). A R(t) geral do RN é de 1,02.