A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE-RN) recomendou à comissão especial do concurso público da polícia civil, à própria Polícia Civil do RN e ao Governo do Estado que se abstenham de divulgar o resultado definitivo referente às provas objetivas para provimento dos cargos de agente e escrivão até à apuração final das investigações sobre possível fraude cometida por candidato.
Outra recomendação é que sejam adotadas “todas as providências administrativas e operacionais para anulação das provas aplicadas no dia 11/07/2021, referente aos cargos de agente e escrivão de polícia da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, com a realização de novo certame público, dessa vez, mediante a observância integral das disposições contidas no Edital (n.º 01, de 25 de novembro de 2020), pela banca organizadora do concurso, a fim de cumprir com toda a segurança necessária em um evento desta importância”.
A defensoria pede que no prazo máximo de 48 horas sejam informados os procedimentos administrativos adotados para cumprimento da recomendação.
FRAUDE
A recomendação da DPE está no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (24). A publicação traz ainda links de matérias jornalísticas sobre a prisão de um homem de 41 anos, em Recife, suspeito de tentar fraudar o concurso da Polícia Civil do RN.
A prisão foi efetuada no dia 15 do mês passado, pela Polícia Civil de Pernambuco, a partir de investigações realizadas pelo Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD) da Polícia Civil potiguar.
A Polícia Civil do RN não especificou quais crimes o homem teria cometido. O delegado responsável pelo caso disse que a investigação segue em sigilo.