O Governo do Estado do Rio Grande do Norte vem, desde o início da atual gestão, diminuindo a quantidade de refeições servidas no Programa Restaurantes Populares (antigo Barriga Cheia). Dessa forma, vem negando alimentação à população mais necessitada do nosso Estado.
Para termos uma ideia, os Restaurantes Populares já chegaram a servir 46 mil refeições por dia, chegando a ser, por muitas vezes, a única alimentação diária de diversas famílias carentes.
Atualmente, indiscutível o aumento da pobreza e da insegurança alimentar no RN, o que se agravou ainda mais no período pandêmico onde muitos pais e mães de família ficaram desempregados e sem condições de manter sequer o alimento na mesa pros seus filhos.
Mesmo diante desse quadro, o Governo do Estado, através da SETHAS, sem qualquer estudo ou justificativa técnica, vem reduzindo gradativamente as refeições ofertadas no programas.
No início da atual gestão houve uma redução linear de 25% da oferta, sob o argumento da necessidade de diminuição dos contratos firmados.
O problema é que essa diminuição causou impacto direto na população mais carente, haja vista que a redução dos valores dos contratos interferiu naturalmente no número de refeições servidas.
Para piorar o atual cenário, através da pesquisa mercadológica lançada para a nova licitação, o que já era insuficiente, vai sofrer uma diminuição ainda maior, posto que em algumas unidades a queda do número de refeições chega a ser de até 38%.
Somando ao que já foi diminuído, chegaremos a um número absurdo de redução, que chegará a 63% das refeições que eram servidas anteriormente.
O que é certo é que fato que muitas pessoas, especialmente a parcela mais carente, deixará de ter acesso a alimentação que, como dito, muitas vezes é a única do dia.
O Programa de Restaurante Popular oferece alimentação balanceada com um cardápio variado, com um custo para a população de apenas 1 real. O investimento é feito por meio dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza (FECOPE). Este recurso só pode ser utilizado em programas de segurança alimentar, mas o que causa estranheza é que o programa vem sofrendo esses cortes drásticos, mesmo sem ter ocorrido redução significativa na arrecadação do FECOPE.
É visível a falta de sensibilidade com os mais necessitados, número esse que desde o início da pandemia só tem aumentado.
Assim, caso se concretize as reduções previstas pelo atual Governo, chegaremos ao número alarmante de redução DIÁRIA de quase 29 mil pessoas que ficarão sem acesso à alimentação disponibilizada pelo programa.
Uma pena, para não dizer insensatez....