A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), através da Escola Penitenciária (ESPEN) e Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), realizou dois cursos de aperfeiçoamento para servidores da pasta: armamento e tiro, voltado aos servidores das unidades do interior, e de capacitação de operadores de body scan (scanner corporal através de raios-x), ministrado nesta quarta-feira (3), para os policiais lotados nas unidades com maior demanda de visitantes.
O Curso de Aperfeiçoamento em Armamento e Tiro (CAAT) foi realizado em Mossoró e contou com a participação de 17 policiais penais, além de dois policiais civis, um bombeiro militar e um policial militar. Em 80 horas-aula, ministradas em 10 dias de atividades práticas e teóricas, os servidores foram capacitados em manuseio, conservação e operação com pistola, espingarda e fuzil. Tiveram ainda aulas de porte velado com pistola e habilitação em instrumentos de menor potencial ofensivo.
Segundo o secretário Pedro Florêncio, a pasta está interiorizando as ações em prol dos servidores. “Quando assumi a SEAP me falaram que as viaturas e armamentos novos nunca chegavam no interior. Que o interior só recebia os equipamentos usados. E com os cursos, acontecia a mesma coisa. Na nossa gestão, respeitamos, valorizamos, reconhecemos e tratamos todos com equidade”, disse. O CAAT contou com servidores dos estabelecimentos penais de Mossoró, Caraúbas, Apodi e Pau dos Ferros. O corpo técnico de instrutores foi da própria secretaria.
Nesta quarta-feira, 30 policias penais participaram do Treinamento em Anatomia Radiológica e Operação do Spectrum Bodyscan, com 8 horas-aula, ministrado pelo instrutor Peter Kuhn. Os policiais foram capacitados para operar o body scan para a análise de imagens. Entre a teoria, ministrada no auditório da Escola de Governo, e a parte prática, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, os servidores aprenderam mais sobre a eficácia do equipamento; os requisitos de segurança e proteção radiológica no uso de equipamentos de inspeção corporal; radioproteção; princípios da formação da imagem radiológica; planos e estruturas anatômicas; operação do equipamento; além de estudos teóricos e prática de imagens.
As unidades do Rio Grande do Norte estão mais seguras depois que foram equipadas com o scanner corporal. Os equipamentos, instalados na atual gestão em todos os estabelecimentos prisionais, permitem a detecção de objetos proibidos na entrada das visitas e evitam abordagens invasivas e vexatórias, tanto para a visita, quanto para o policial penal. O equipamento é capaz de localizar objetos sob as vestes e no interior do corpo. Dessa forma, evita-se a revista íntima, um procedimento que era necessário, mas que causava demora na fila de acesso aos presídios e constrangimento para todos os envolvidos.