Programa direcionado à iniciação de práticas esportivas, artísticas e culturais para crianças e adolescentes entre 07 e 16 anos, o “RN Vida” está retomando suas atividades presenciais em sua plenitude, momentaneamente interrompidas por causa da pandemia de coronavírus.
O “RN Vida” é um programa que conta com parceiros importantes como a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), através do Serviço Social do Comércio (Sesc RN), que disponibiliza não apenas recursos humanos, mas materiais que viabilizam as práticas, entre esses o fardamento. Outra importante parceria, e imprescindível, é a Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região (Amatra 21), que doa os kimonos, entre outras demandas atendidas à medida que há necessidade.
Hoje, o “RN Vida” vem atendendo 150 alunos da rede pública de ensino, mas a sua coordenadora, a arte-educadora Maria das Dores Tomaz, informa que o programa já começou a rematrícula para se alcançar a capacidade de atendimento a 600 crianças e adolescentes: “O intuito é não ficar com vagas ociosas, a gente quer receber matrículas até onde for possível”. Ela destaca a importância do Programa e do papel dos parceiros, importantes na caminhada para oferecer essas atividades às crianças e adolescentes atendidos.
O Programa “RN Vida” é vinculado ao Gabinete Civil do Governo do Estado e, praticamente há uma década, vem funcionando na avenida Jerônimo Câmara, 1749, ocupando as instalações do antigo CAIC de Lagoa Nova. “A única exigência é a criança estar matriculada na escola, se não estiver matriculada, não entra”, avisa Maria Tomaz.
O programa não traz custo nenhum para os pais dos beneficiários, que são em sua maioria, inclusive, de baixa renda. “Nas entrevistas, há de se considerar que 80% do público atingindo são pessoas carentes. Algumas não têm renda nenhuma ou são do bolsa-família [Auxílio Brasil]”, completou, mas informando que o acesso é permitido a filhos de pai com renda familiar de até três salários mínimos, o equivalente a R$ 3,6 mil.
A auxiliar de escritório Miriam Alves de Souza conta que se não fosse o “RN Vida”, a única filha adolescente, que vai completar 15 anos, não teria tido chance de realizar o sonho de infância – dançar balé. “Esporte é muito caro. Não tinha condições de pagar em outro lugar”, disse ela.