01 abril 2022

Na contramão: mesmo com grande quantitativo de pessoas em situação de insegurança alimentar, Governo do Estado reduz refeições do Restaurante Popular; confira números

Imagem: internet

O programa social de Restaurantes Populares do RN, já foi o maior de alimentação para pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade do Brasil, chegando a servir mais de 1 milhão de refeições em um único mês.

Ocorre que desde do início do atual governo, o programa vem sofrendo cortes e reduções drásticas. Enquanto a quantidade de miseráveis e famintos aumenta, o quantitativo de refeições servidas pelo programa só tem reduzido conforme se comprova no edital nº 003/2022/2022 publicado nessa sexta-feira, dia 01 de abril, onde se percebe uma redução de 42.5700 refeições por mês, apenas nos lotes dessa licitação, representando uma redução anual de 510.840. Ou seja, mais de meio milhão de refeições ao ano que a população necessitada deixará de receber. Segue tabela com os quantitativos de cada cidade:


Manter e aumentar os programas que fornecem refeições ao povo, não é mais uma questão de gestão, mas sim, uma questão humanitária e de sobrevivência. Não se pode acabar com um dos poucos alentos para os pobres em meio à inflação galopante e a uma crise econômica/social pós-pandemia, onde comprar comida está cada dia mais difícil. 

A SETHAS argumenta que as reduções ocorreram em localidades que não serviam a quantidade contratada, não atingindo a meta proposta nos contratos. Contudo, deve-se fazer uma indagação aos gestores do Governo: porque o excedente gerado com a diminuição dos quantitativos, não foi redirecionado para outras unidades dos Restaurantes onde muita gente fica sem se alimentar devido à pouca quantidade de refeições contratadas?

É inconcebível ver o nosso sofrido Rio Grande do Norte indo na contramão dos estados vizinhos, que neste difícil momento, estão fomentando programas alimentares. Os governos que antecederam o atual, investiram e ampliaram os programas que distribuem refeição à população carente, levando o nosso Estado a ser destaque nacional nesse tipo de assistência, chegando a distribuir mais de 1 milhão de refeições mensais. Porém, atualmente, se vê pessoas desesperadas, aglomeradas e famintas em uma fila que se torna cada vez maior, em busca de um prato de comida que, em breve, não será mais servido.