Uma advogada identificada como Mona Lisa Amélia Albuquerque de Lima, investigada na operação Carteiras, foi condenada por integrar uma organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios no Rio Grande do Norte. Junto com ela, os presos Orlando Vasco dos Santos e Erasmo Carlos da Silva Fernandes também foram condenados.
De acordo com as investigações, os três utilizavam bilhetes e conversas pessoais para estabelecer a comunicação entre os líderes da organização criminosa e outros membros que estavam fora das prisões. Mona Lisa era considerada a "coordenadora dos Gravatas" por se autodenominar a chefe do esquema de troca de mensagens.
A advogada recebeu uma sentença de quatro anos, nove meses e cinco dias de reclusão e 16 dias-multa. Orlando Vasco dos Santos foi condenado a seis anos, cinco meses e 23 dias de reclusão e 21 dias-multa, enquanto Erasmo Carlos da Silva Fernandes recebeu uma sentença de cinco anos, seis meses e 20 dias de reclusão e 19 dias-multa. Inicialmente, os três deverão cumprir a pena de reclusão em regime fechado ou semiaberto, dependendo do caso. Após o trânsito em julgado da sentença, eles terão seus direitos políticos suspensos.
A investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte começou em julho de 2021 e descobriu que quatro advogados abusaram de suas prerrogativas profissionais, facilitando a comunicação entre líderes de facções presos e outros membros do grupo em liberdade. Eles repassavam mensagens relacionadas a atividades criminosas, garantindo o funcionamento do grupo com a prática de diversos crimes. Os advogados, chamados de "gravatas" dentro da organização, atuavam como "mensageiros do crime".
Mona Lisa organizava e cobrava relatórios dos criminosos presos, repassava orientações aos membros soltos da organização e transmitia mensagens e preocupações dos líderes da facção que estavam presos. Em uma conversa em um grupo de WhatsApp, ela chegou a reivindicar a função de "corregedora dos presídios" em nome da facção.
Com informações de: portaldatropical