Ainda dentro da temática do mês da mulher, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal discutiu, nesta segunda-feira (20), sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, especialmente aquelas com deficiência.
"Hoje tivemos um primeiro momento para designar projetos às relatorias e, em seguida, uma discussão ampla sobre o público feminino com deficiência e as questões específicas que as atingem", destacou o vereador Tércio Tinoco (União Brasil), presidente da comissão.
Presentes à reunião, representantes do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcos Dionísio apontaram que 40% das denúncias de violações recebidas pelo Disque 100 são contra pessoas com deficiência, maior parte contra mulheres.
A vereadora Júlia Arruda (PCdoB), explicou que são questões que envolvem não só violência física, mas também o direito de ir e vir das mulheres, devido à falta de acessibilidade em diferentes aspectos. "Desde o deslocamento e às barreiras físicas, passando pela falta de equipamentos, de profissionais preparados, vagas em consultas, até o acesso ao mercado do trabalho. Iremos protocolar projeto para que o município conte com um comitê de enfrentamento à violência contra a pessoa com deficiência", disse ela.
Na área da educação, por exemplo, a questão dos auxiliares para atender crianças com deficiência e a falta de vagas nas escolas foram problemas apontados também pelos outros parlamentares. "As mães sofrem com essa falta, especialmente as que têm crianças com deficiência. Identificamos que no município, muitas vezes há troca de profissionais e as pessoas com deficiência têm problemas em se adaptar. Por isso, solicitamos que se contrate profissionais adequados e por um tempo mais longo", pontuou o vereador Herberth Sena (PSDB).