“Apesar de sabermos que esse Mundial seria bem difícil, já que definiria os níveis de performance de cada categoria por zona de classificação para os Jogos de Paris 2024, tínhamos como meta principal elevar nossas marcas nos rankings. Mas infelizmente nossa participação não foi das melhores”. A avaliação é do técnico integrante da Seleção Brasileira de Parahalterofilismo, Carlos Williams - que também é técnico da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN), associação que teve quatro atletas no Mundial. Eles acabaram de voltar de Dubai, nos Emirados Árabes. O médico da Sadef, Rodrigo Braga, também integrou a seleção.
Naira Gomes foi a única atleta da Sadef em Dubai que não está na corrida por uma vaga em Paris. A atleta ficou em 10º lugar na categoria 61kg, com 95kg levantados. Alane Dantas também viveu a experiência de estrear em um Mundial, e ficou na 12ª posição na categoria 86kg, levantando 103kg.
Na briga por uma vaga nos Jogos Paralímpicos, Maria Rizonaide levantou 94kg - seis a menos que sua melhor marca, recorde nacional. A potiguar ficou em 7º no Mundial e caiu também para o 7º lugar no ranking que determina as vagas para os Jogos Paralímpicos de Paris. Como os 8 primeiros de cada categoria se classificam, Rizonaide ainda segue com boas chances de disputar a Paralimpíada.
Atleta mais experiente entre os potiguares, Junior França não teve movimentos validados na competição, e com o resultado, caiu do 8º para o 10º lugar no Ranking. “Eu ainda não consigo visualizar um erro específico nesta competição. Tivemos muito cuidado com minha alimentação, meu descanso, meu treinamento. Mas vou estar muito mais motivado para ser superior nos Jogos Parapan-Americanos [no Chile, em novembro]. Sempre busquei o meu melhor e vou brigar por minha medalha. Eu agradeço ao Comitê Paralímpico Brasileiro por todo o suporte que nos dá, a toda a equipe multidisciplinar que me acompanhou aqui, ao médico Rodrigo Braga, à fisioterapeuta Caroline de Camargo, ao psicólogo André Aroni e ao meu técnico Carlos Willians”, disse Júnior.
Os potiguares disputam em novembro os Jogos Parapan-Americanos em Santiago, no Chile. “Vai ser uma boa oportunidade para nossos atletas recuperarem as posições perdidas e ficarem mais próximos de Paris 2024”, diz Carlos Williams.