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O Sinmed RN visitou o Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, onde se deparou com o caos que desabou sobre a saúde pública.
Enfermarias, corredores, setores de observação masculino e feminino com pacientes e acompanhantes disputando espaço, sem privacidade, sem separação entre os leitos.
O Tomógrafo parado para reparos há dias e os pacientes tendo que fazer tomografias em hospitais privados. Mas os pacientes das UTI’s estão ficando sem os exames.
Material inadequado tem provocado problemas graves, como no caso da cirurgia vascular e as pinças antigas, que lesam os vasos, e fios inadequados para cirurgias gerais. Essa semana um paciente com uma lesão vascular findou por ter que amputar o braço por problemas com material e cirúrgico e pior falta de heparina no pós-operatório. Uma tragédia.
A ortopedia, atende as urgência e grande parte dos pacientes vai para casa para aguardar o chamado para a cirurgia definitiva.
Um caso penoso chegou ao hospital por esses dias, uma paciente operada de cesariana em outro hospital regional deu entrada no Tarcísio Maia com complicações, e mesmo reoperada várias vezes não resistiu e se transformou em mais uma vítima do aumento da taxa de mortalidade que vem atingindo a assistência materno-infantil no Brasil.
O sindicato tem lutado muito por melhoria na assistência em todas as áreas da saúde, mas na maioria das vezes o que encontra é o desmanche do pouco que funciona. E quando procura a Secretaria de Saúde para providência, encontra ouvidos surdos. A quem recorrer? Quem nos ouvirá?
Por Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN